Análise de viabilidade financeira de sistemas de aproveitamento de água pluvial em residências unifamiliares em Santa Catarina

Autor:
Pedro Neves Schondermark
Orientador:
Enedir Ghisi
Resumo:

Este trabalho apresenta a análise de viabilidade financeira de sistemas de aproveitamento de água pluvial no setor residencial em Santa Catarina. Foram analisados cinco municípios do estado. Além disso, foram feitas comparações para determinar o nível de confiança para resultados de reservatórios ideais obtidos no programa computacional Netuno. Para as cinco cidades, foram levantados dados de precipitação pluviométrica, consumos médios diários per capita, preços de reservatórios e motobombas e tarifas de água e energia. Para aumentar o espectro de resultados, foram variados os valores de área de telhado, número de moradores, consumo diário per capita e percentual de substituição de água potável por pluvial. Análises realizadas comumente com o algoritmo do Netuno determinam o volume ideal do reservatório inferior através de diferenças percentuais de economia de água potável comparadas com os aumentos de volume necessários. Essa análise não leva em conta o fator financeiro. A análise financeira foi feita pelo método do período de recuperação de capital. A mesma foi realizada de forma a ter como resultado faixas de reservatórios ideais, para os quais o tempo de retorno é mínimo. Compararam-se os resultados da análise financeira com os reservatórios ideais calculados no Netuno. Observou-se que quanto maior a demanda de água pluvial da residência, maiores as chances dos resultados de reservatório ideal do Netuno se situarem dentro da faixa de período de retorno mínimo. Porém, para consumos muito altos, o resultado do Netuno pode ser conservador. Nesses casos, recomenda-se a realização de análise financeira específica para obtenção do reservatório inferior que proporcione a melhor economia. Concluiu-se que a implantação de sistemas de aproveitamento de água pluvial é viável na maioria dos casos. Quanto maior for o consumo total da residência, maior a viabilidade.

Ano de defesa: